— E agora, mãe, sem internet, como vamos conseguir transporte?
— Usando o dedo.
— Dedo? É tipo um app?
— Veja, meu filho, a gente levanta o dedo assim e um táxi pára.
— Táxi??
— Olha aí, parou, isto é um táxi.
— Uau! Como é que isso funciona?
— O dedo levantado aciona uma espécie de rede, gera um algoritmo, digamos assim, e a cidade passa a lhe enviar táxis.
— Táxi! Maneiro! O que é aquilo em cima do painel?
— É um taxímetro, meu filho, um taxímetro.
— E onde a gente digita o destino?
— Basta falar para o taxista, ele conhece a cidade.
— Ele tem tipo um Google Maps na cabeça?
— Taxista, nos leve até a biblioteca pública.
— Biblioteca, mãe? O que é biblioteca?
— Um lugar onde você vai fazer o seu trabalho escolar sem internet.
— Jura?? Sem internet! Que da hora!!
Um comentário:
De tão acostumado aos aplicativos, esqueci mais ou menos como pegar um táxi. Quando preciso de um entro e ficamos parados enquanto o taxista espera que eu diga o destino ao mesmo tempo que eu, no banco de trás, fico pensando se o telefone dele está com algum problema e ele não consegue ler o mapa.
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