Os bailinhos de 3° idade tinham parado na pandemia. Voltaram com tudo. Tenho uma passageira frequentadora desses arrasta-pés vespertinos (das 15 às 19). Levei ela há pouco. Sempre rola aquele convite pra entrar com ela, dançar uma ou duas "marcas", tomar um guaraná. Minha desculpa sempre foi o tênis. Não pode tênis nos bailinhos.
— Sapatênis tá liberado, Mauro. Tá de sapatênis?
— Tênis mesmo, no duro.
Minha cliente é daquelas que não desistem tão fácil. Pediu que eu fechasse o táxi e a acompanhasse até a porta do baile, "pra não chegar sozinha". Bora lá, de braços dados. Era uma cilada. Ela tentou convencer o porteiro a me deixar entrar de tênis! E o pior: o bailinho do Partenon agora tem uma caixa de sapatos na portaria!! Sério! Uma caixa de sapatos! O porteiro perguntou que número eu calçava!
— Bah, Cleuza, lembrei agora, tenho uma corrida marcada pra rodoviária. Putz, não vai dar mesmo...
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