Meu colega Casquinha conta que levava dois homens suspeitos em seu táxi quando passou por algumas viaturas da polícia, que estavam estacionadas em um posto de combustível. Logo adiante, os passageiros o assaltaram. Pegaram tudo o que queriam e sumiram em um beco escuro. Casquinha, então, voltou até o tal posto e comunicou o assalto aos policiais. Eles colocaram o taxista em uma das viaturas e saíram no encalço dos bandidos.
Foram momentos de muita tensão. Os policiais pareciam dispostos a trabalhar. Armados até os dentes, saíram em alta velocidade, sirenes ligadas, faróis, giroflex, espingardas para fora da janela. Abordavam todos que viam na rua, gritando, mandando encostar na parede. Aos berros, mandavam Casquinha identificar os sujeitos. Uma loucura! O taxista, de tão assustado, ficou aliviado quando desistiram de encontrar os vagabundos e encerraram a “operação de guerra”.
Mas a ajuda da polícia sempre é bem vinda.
Em outra ocasião, o assaltante encostou o revólver na costela do Casquinha e mandou passar a grana. O taxista conta que doeu entregar os cerca de R$ 60 que tinha feito a duras penas. Enquanto pegava o dinheiro, o vagabundo ainda tirou uma onda com a cara do velho Casca dizendo que ele era o terceiro taxista que dançava para ele naquela noite.
Assim que se viu livre do assaltante, Casquinha partiu em busca de ajuda. Encontrou dois policiais militares logo adiante. Os homens da lei embarcaram no táxi e saíram atrás do vagabundo. Localizaram o ladrão caminhando tranquilamente pela calçada, contando o dinheiro dos assaltos! Os brigadianos saltaram do táxi e renderam o meliante.
Depois de fazê-lo largar o revólver e o dinheiro no chão, os policiais algemaram o homem e perguntaram ao Casquinha quanto ele tinha perdido no assalto. O taxista deu uma rápida olhada no dinheiro espalhado na calçada e arriscou... Trezentos Reais! Acertou na mosca.
Casquinha assaltou o assaltante. Dançou conforme a música.
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