Precisava ir para o aeroporto e não conseguia táxi pelo telefone. Desesperada, pegou sua mala e foi para a rua. Horário de pico, todos os carros ocupados, o pânico batendo, até que parou um táxi. Feliz, a mulher jogou a mala para dentro do carro e embarcou correndo. Só então, reparou que havia uma moça sentada ao lado do taxista!
O taxista explicou que faria a corrida, mas que precisava levar sua esposa até a casa da irmã dela. Ficava no caminho. Ele perguntou se a passageira não se importava. Ela não se importou, desde que não perdesse seu voo…
Mas o clima estava tenso entre o taxista e sua mulher. Ele, na verdade, estava levando a esposa para socorrer a irmã dela, que teria ligado pedindo socorro. Pelo que entendeu da conversa nos bancos da frente, a cunhada do taxista havia brigado com o marido, o homem a teria agredido. A passageira começou a temer pela própria sorte.
Quando saiu do caminho que levava ao aeroporto, o taxista explicou que seria só um minuto, um pequeno desvio, só para largar sua mulher na casa da irmã. Mas, como a passageira começava a desconfiar, a coisa não seria assim tão simples. Na frente da casa da cunhada do taxista, a confusão estava armada. Até viatura da polícia piscando suas luzes.
Não adiantou a passageira implorar, o taxista teve que descer para dar uma mão. A mulher agredida chorando, a irmã tentando consolar, a polícia algemando o marido violento, o povo assistindo… e a passageira dentro do táxi, olhando o relógio, fazendo o check-in pelo celular, chamando o taxista pela janela. Vamos embora!
A corrida só prosseguiu quando a passageira concordou em levar a cunhada do taxista junto. Descabelada e com a boca sangrando, a mulher embarcou com uma mochila de roupas e um cachorro embaixo do braço. Aos berros, ela jurava que mataria o marido.
A passageira desembarcou daquele táxi como quem acorda de um pesadelo. Só mais tarde, já a bordo do avião, ela começou a achar graça daquilo tudo.
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