Quando o taxista Danilo achava que nada mais poderia acontecer naquela corrida, surge alguém sinalizando no meio da pista. As luzes das viaturas cintilando na noite não deixavam dúvida: era uma blitz. Difícil seria explicar aquele passageiro nu dentro do táxi.
Tudo começou no Bairro Cidade Baixa, em frente a uma conhecida casa noturna. O taxista Danilo era o quarto da fila. Ele viu, um a um, seus colegas da frente recusarem um adolescente que implorava por um táxi. O garoto caminhava de forma estranha, encolhido. Danilo só entendeu o que se passava quando o jovem chegou até ele.
O rapaz precisava de uma corrida até a Lomba do Pinheiro. Tinha dinheiro, não estava bêbado, mas havia um problema: tinha sujado as calças! Vítima de uma violenta indisposição intestinal repentina, com o banheiro da casa noturna ocupado, o rapaz acabou borrando-se todo. E precisava que alguém o levasse para casa.
Danilo achou o jeito. Forrou o banco do táxi com jornal e, para garantir, pediu que o jovem ficasse de joelhos, de costas, agarrado ao encosto do banco dianteiro. Toca para o Pinheiro!
A situação, que já era terrível devido ao mau cheiro, ficou insuportável quando começou a chover forte e os vidros do táxi precisaram ser fechados. Impossível seguir em frente. Mais uma vez, a criatividade do taxista entrou em ação.
Havia no caminho um motel com uma cascata artificial na fachada. Aquela era a solução. O rapaz desceu correndo, tirou as calças e lavou-se na queda d‘água. Era noite, chovia forte, se alguém viu, não teve tempo de reclamar. Foi tudo muito rápido.
Depois de secar-se com a camiseta, o rapaz deixou a roupa suja por lá mesmo, voltou correndo para o táxi e a corrida seguiu. Até que foram parados na blitz.
O táxi foi cercado por curiosos. Todos que trabalhavam na operação quiseram ver o passageiro pelado. Depois de revistar o carro e o taxista (desnecessário revistar o passageiro), a corrida seguiu sem mais percalços.
7 comentários:
Cada uma!!!!
Mauro, só você mesmo! rsrss. Como disse o Eduardo, acima: Cada uma!!!
Até explicar a diferença entre o focinho de porco e a tomada a confusão já estava armada. Adorei!! e com certo constragimento diante da desartrosa situação tambpem fiquei co compadecida com o passageiro e as boas intenções do taxistas..Coisas que acontecem de fato...
Ahahahaha. A mais hilária dos teus contos. Para mim foi ainda mais impactante por causa do que me aconteceu no fim de semana na sexta-feira à tarde, dia 7 de setembro. Eu estava em uma rua de um bairro de Gravataí e, de repente, õcorreu uma súbita revolta intestinal. Não havia um bar por perto, nada. A mercadoria já estava prestes para ser entregue sem que houvesse qualquer caminhão à disposição. Senti o pavor da tragédia (não falo cheiro porque não chegou a esse ponto), e foi então que pedi ajuda em uma residência, onde um cssal gentil permtiu que eu usasse o banheiro. A batalha foi vencida, mas, por pouco eu não teria passado o maior vexame da minha vida.
é... eu QUASE passei por uma dessa uma vez...
ufa!!
Abraços da Extraterrestre, Mauro!!
Parabéns ao Danilo sempre pronto para ajudar em situações diversas.És destemido e perspicaz.
Huahuahuahua Como você temuma imaginação fértil cara. Mas foi muito boa.
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