O caso aconteceu na Inglaterra. O taxista Don Pratt tinha uma idosa passageira, que ele carregava pra lá e pra cá. A passageira era generosa, deixava boas gorjetas. Conversavam bastante durante as corridas, tornaram-se amigos. Por mais de 20 anos, a senhora Mary Watson usou o táxi de Don, até que mudou-se e nunca mais deu as caras. Mais tarde, o taxista ficaria sabendo que ela fora morar em um asilo, em outra cidade.
Anos mais tarde, o taxista Don Pratt ficou estupefato ao ser informado que sua antiga passageira tinha morrido e, sem parentes próximos, havia lhe deixado toda a sua herança - uma pequena fortuna estimada em cerca de R$ 662 mil. Uma última e enorme gorjeta! A história foi notícia no jornal inglês The Guardian.
Já aqui no Brasil, as coisas são um tanto diferentes. As gorjetas não são comuns e, por vezes, a disputa pelos trocados viram histórias bizarras.
Meu colega Suquinho fez uma corrida que deu R$ 9,50. A passageira pagou com uma nota de R$10 e ficou esperando seu troco. Normal. Acontece que o taxista não tinha uma moeda de cinquenta centavos para lhe devolver - ele dispunha apenas de uma moeda de um Real. Estava, portanto, criado o impasse: ou a passageira perdia cinquenta centavos, ou o Suquinho perdia!
A questão foi resolvida de uma forma bem brasileira: Suquinho sugeriu que disputassem a moeda no par ou ímpar!
A passageira gostou da idéia. Disse que não costumava mesmo aceitar dinheiro de homem. Satisfeito, Suquinho colocou a moeda de um Real sobre o banco do táxi e escondeu a mão nas costas. Escolheu o ímpar. Um, dois, três e...já!
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Não é preciso deixar uma fortuna para o taxista, afinal ele está apenas fazendo o seu serviço, mas disputar as moedinhas do troco no par ou ímpar também já é um pouco demais...tenha dó!
Ah, sim: o Suquinho perdeu a moeda.
17 comentários:
Ahahahaha. Eu já deixei boa gorjeta a taxista, uma vez no Rio, quando o cara me cobrou 30 paus numa corridinha de 10. Este foi o único assalto que sofri na cidade maravilhosa, mas me deixou bem com medo, afinal acabava de sair do aeroporto.
Elementar, meu caro Watson!
Hahaha... não sei porque, mas me lembrei dessa frase!
Convenhamos que disputar uma moedinha é o fim da picada... rssss
Beijos!
eu às vezes deixo uns 2 pila para o taxista tomar um café...
Bah, eu até gosto de receber o troco, pq sabe como é: de grão em grão...
Mas brigar por troco já é demais, euahuahau
Oi Mauro, realmente é um pouco demais a passageira disputar o troco e ainda mais um troco tão pequeno, eu teria deixado a moeda. Um óptimo dia para ti. Beijinhos
Oi Mauro, realmente é um pouco demais a passageira disputar o troco e ainda mais um troco tão pequeno, eu teria deixado a moeda. Um óptimo dia para ti. Beijinhos
Oi Mauro, realmente é um pouco demais a passageira disputar o troco e ainda mais um troco tão pequeno, eu teria deixado a moeda. Um óptimo dia para ti. Beijinhos
Olá Mauro, essa foi muito boa! Par ou impar foi melhor que "cara ou coroa"..rsrs O próximo post será sobre como surgiu o apelido "Suquinho"?? Abraços!
quando o taxista é simpático, eu arredondo pra cima e digo pra ficar com o troco. quando ele é chato, fico esperando minhas moedinhas, nem que sejam dez centavos. mas adoro seu blog, deixaria a gorjeta pra ele com certeza!
Eu não deixaria nada: mineiro é dose!
O mundo devolve o que se espalha por aí. Unha de fome é coisa séria!
Obrigada pela solidariedade. Estamos nadando para manter a cabeça fora d'água.
Beijos.
Oi Mauro!Venho sempre aqui "ouvir" suas histórias,sejam elas verdadeiras ou não.O que gosto mesmo é o modo como vc escreve.No final o texto "fecha redondinho".Muito bacana!
Em relação a troco,taxi...também tenho uma historinha:Tinha acabado de passar a noite no hospital com meu filho ,e não via a hora de chegar em casa.Peguei um táxi,achando que me facilitaria a vida e...o taxista foi numa lerdeza tão grande,mas tão grande,que eu não me contive e pedi para ele acelerar.Quando cheguei na porta de casa,a corrida tinha dado 15,00.Dei 50,00 e ele me disse que não tinha troco.Pediu que eu descesse do carro para trocar.Fiquei super nervosa e,disse que estava exausta,que tinha acabado de sair do hospital,e ele continuou:"mas comecei agora ,e não tenho troco!" Falei que não era problema meu,perguntei como ele saía do ponto sem troco e disse que descesse ELE do carro atrás de troco.Foi o que ele fez.Depois até pedi desculpas e coisa e tal...mas foi muito chato!Agora,quando é centavos,ou "reaizinhos" deixo prá lá!(detalhe:não tinha trocado,só tinha aquela nota mesmo)
Querido Mauro, sou de Campinas, mas vivi em Monte Mor-SP ( proximo a Campinas), vivo entrando no seu blog para ler suas histórias muito divertidas me alegra a vida, muito legal . Bjos
Suquinho: um homem com princípios!
Em Portugal dá-se sempre gorjeta, curioso. A pessoa até se sente mal se não dá, de tão subentendido que é o costume. Com a crise não se dá tanto, mas sempre alguma coisa fica bem. Costumo dar 1 euro, equivalente a 2 reais e alguns centavos.
Bah, no par ou ímpar é sacanagem. E por 50 centavos ainda... A coisa tá braba, hein?!
Abração, Mauro
Vim aqui também trazer o outro lado da moeda :D
Isso mesmo, é hora da vingança. A visão do passageiro sobre o taxista.
:D
http://www.vaidetaxi.blogspot.com
Por coincidência o ultimo post trata do mesmo assunto, o troco no táxi.
:D
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