Meu colega Jair disse que seu passageiro era um sujeito mal-encarado, escabelado e meio tonto. A tontura era efeito da cachaça mesmo - o hálito não deixava dúvida. O homem ordenou que Jair tocasse para a avenida Assis Brasil, do outro lado da cidade, pois queria comprar um Opala. Ave Maria!
A coisa não cheirava bem e ficou ainda mais estranha quando o sujeito falou que precisava, antes, ir até a Lomba do Pinheiro. Seria uma corrida longa e Jair começou a temer pela própria sorte.
No fundo de uma vila da Lomba do Pinheiro, em um beco sem saída, o passageiro pediu que Jair o aguardasse e desceu. O homem entrou em um casebre e sumiu. Jair manobrou o táxi e ficou com o motor ligado, pronto para fugir dali.
Mas o passageiro voltou. Ele, agora, trazia consigo um saco plástico e estava decidido a ir atrás do tal Opala. Desconfiado, Jair quis saber o que tinha naquele saco. O plástico estava cheio de dinheiro!
O passageiro explicou que é auxiliar de pedreiro. Disse que ele e um companheiro estavam derrubando uma parede de uma casa antiga quando descobriram uma espécie de esconderijo entre os tijolos. Dentro de tal escaninho acharam uma barra de ouro do tamanho de um maço de cigarros.
Os dois teriam negociado a tal barra com os compradores de ouro da Galeria do Rosário, no centro da cidade. Cinqüenta mil reais. Vinte e cinco para cada um. Apesar da história maluca, Jair disse que o homem parecia falar a verdade.
O passageiro acabou não achando o Opala. Fechou negócio com um Kadet meia-boca mesmo. Depois de ver o dinheiro, o vendedor enfiou o homem dentro do Kadet e se mandou para o cartório!
Jair recebeu a corrida e uma bela gorjeta. Quem dera pegar um maluco desses todos os dias.
19 comentários:
quem dera pegar um maluco dessses todos os dias????? eu queria mesmo era ter sido o maluco do dia da grande sorte!!!! hahahahahahahaha mas certamente não seria um kadett que eu compraria! acho que teria dado entrada numa motona!
Adorei! Hoje em dia ninguém mais enterra dinheiro, ouro ou semelhantes... Bjú (Sara)
Maluco de sorte esse! Encontrou o pote de ouro no fim do arco-íris! [rs]
Mas veja bem, nem todo maluco é certo hein??? Esse é deve ser uma exceção!
Abraços!
Além de um carro rendeu uma bela história. Um abraço!
O pedreiro deu sorte. Poderia ter encontrado um defundo emparedado, daqueles que desaparecem para sempre e como por encanto.Já vi histórias de desafetos serem enterrados no chão da cozinha ou no meio de uma parede. Há poucos dias, isso aconteceu nos Estados Unidos em que uma estudante foi localizada em uma universidade.
Opa. Assim compensam os calos das marretas.
Abraços!
Quero pedi desculpas por sumir...mais estou de voltar.
abraços
Hugo
Que sorte!
Estou na dúvida se seria melhor ser taxista e pegar um cliente desses ou ser pedreiro e achar o ouro.... quer dizer, prefiro o ouro!
Abraço
E se fosse uma história dessas...
http://www.youtube.com/watch?v=vnzEowdSyjE
Menino! O jeito é fazer campanha pra começarem a derrubar todos os prédios velhos da cidade. O que tem de gaúcho rico que emparedou grana, nem te conto. Conheço um que esconde dinheiro na parede da casinha do cachorro. Por acaso escreve e é taxista. Conhece?
Abração e muitos pedreiros sortudos para você.
kkkk
Será que foi ali do lado da minha casa?
Acabaram de derrubar uma casa antiga... =P
Aqui no Rio não tem essa tradição, infelizmente. kkk
Adoro suas histórias...
Abraço...
;@
Falar nisso, tem uma parede meio oca aqui no meu apê... será?! Belo texto.
Adorei adorei! Bem escrito!
beijos
tati cavalcanti
Hahaha!
Oi Mauro!
Vim aqui falar que adorei o livro. Acabei de ler, foi tão rápido.
Continue postando pra gente, o povo te adora!
Abraços
Hermann!!!!!!!!!!! Dessa eu não sabia. kkkkkkk
Adoro demais essa tuas histórias.
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