A passageira fez sinal para o táxi, mas com um pé atrás. Ela estava com seu cachorrinho e sabe que muitos taxistas se recusam a transportar animais. Mesmo sendo um cachorrinho como o dela, que anda no colo da dona. Aliás, ela não se considerava dona do totó. A passageira tinha aquele bichinho como sendo um filho seu.
Mas aquele parecia ser o dia de sorte daquela mulher e seu pequeno cachorro. O táxi que parou era conduzido pelo motorista mais indicado para aquela corrida. Meu colega Nenê adora animais. Tanto que já trabalhou com adestramento. O Nenê tem verdadeira paixão por cachorro. O universo parecia conspirar a favor da passageira e do taxista, que passaram a corrida toda bajulando o simpático cachorrinho.
O animal era uma verdadeira espoleta. Pulava de banco em banco, latia, abanava o rabinho para o Nenê, que se divertia vendo a alegria do cãozinho. A passageira estava maravilhada com tanta delicadeza do meu colega.
Com sua experiência com cachorros, o taxista passou várias dicas para que a passageira tratasse ainda melhor seu pequeno mascote. As melhores marcas de ração, a forma correta de tosar o pelo, os cuidados de higiene. Enquanto isso, o totozinho aproveitava para colocar a cabecinha pela fresta que Nenê abriu na janela. O vento balançando seu pelo branquinho, uma graça.
No final da corrida, a mulher quis dar uma gorjeta, por Nenê ter carregado o cachorro. O taxista não aceitou, de forma nenhuma. Tinha sido um prazer para ele a companhia tão alegre do pequeno totó.
Ao desembarcar, a mulher largou o cachorro no chão. O bicho foi direto cheirar a roda do táxi, como fazem todos os cães. Nenê ainda lançou um último aceno de adeus à simpática passageira e se foi, feliz da vida. Nem notou que, ao arrancar, passou com a roda do táxi por cima do pequeno totó.
Que Deus o tenha.
20 comentários:
Ai! Melhor que ele nem leia este texto então, porque já aconteceu comigo de um cão se jogar entre os carros e sem condições de desviar, bati de raspão. Vi pelo retrovisor o companheiro dele cheirá-lo e deitar ao lado dele. Fiquei uma semana engolindo o nó na garganta e jamais esquecerei a cena.
Pare de inventar histórias tristes!
Boa semana! Esquerdo, direito!
aiii, judiação... pobrezinho do Totó e também do nosso motora, eu ficaria desolada se machucasse um bichinho assim, mesmo sem intenção... renderia no minimo um sério trauma rsrs
boa semana, beijão!
Aiiiiiiii tadinho!
Achei que teria um final alegre e saltitante... Puxa vida, Mauro!
Bom feriado!
Abraços!
Aií coitadinhos deles, não sei se do cachorro ou do Nenê, que eu sei que adora bichinhos. Hehehe. Hábraços.
O_O
aimeodeosfalaqueémentiraqueissonao aconteceutadinhooooooo!
(tomei um baita susto com o final desse texto, deu até taquicardia, Mauro!)
Ah,Mauro,que horror!Pára de contar essas coisas horriveis!
Ui. Mas se tivesse deixado a gorgeta a dor da dona seria ainda mais dolorida, não?
Putz. Essa me lembrou a história do cara que estava botando carpete na casa e não achava a carteira de cigarro. Aí viu um montinho embaixo do carpete e martelou pra não ter que refazer todo o trabalho. Depois compraria outro maço. Quando terminou o serviço, a dona da casa trouxe o maço dele que ficara na cozinha e perguntou pra ele: "Você viu por aí o meu hamster?
Ahhh, ahhhh, ahhhhh!!! Que história boa!!!! Não pela morte do pequeno cão mas a história está de mais, não consigo parar de rir!!
Abraço
Como diria meu marido : "Eita porra!"
Como diria meu marido : "Eita porra!"
Gostei não.
Nossa, que tragédia!!!
Gostei do desfecho.
Conheço um totó (todo cheio de frescura) que merecia dar uma voltinha no táxi desse seu amigo. Seria bom!
Vamos e viemos como dizia meu pai...qdo comecei a ler achei que o Tótozinho iria deixar a marca dele "dentro" do táxi.Mas infelizmente o táxi deixou a marca no coitado do Tóto.Triste mas faz parte!!! Abraços...
tadinho.
nossa, que horror! haha.
final totalmente inesperado, curti.
Puta q pariu... desculpe, é triste, mas eu ri mesmo assim... eita tragédia grega! Tadinho do bichinho.
Mas eu não esperava esse final de jeito e maneira!
Ôxe!
Cris
ô dó rsrsrsrsrs
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