Cena 1 – O Bugio é um taxista de estilo clássico: bigode bem aparado, gel no cabelo, barriga de chope e um inseparável palito no canto da boca.
Dia desses, estávamos eu e o Bugio no ponto quando duas jovens bonitas passam pela calçada. Depois de uma breve conversa entre elas, uma das garotas chega até o Bugio e pergunta se poderia fazer uma foto ao lado dele.
Enquanto a outra pega a máquina fotográfica, Bugio se prepara ao lado da jovem. Ajeita a camisa, encolhe a barriga e, claro, joga o palito fora, ao que a garota olha pra ele e diz:
– Ah, deixa pra lá, sem o palito na boca não tem graça!
Cena 2 – Em uma dia de serviço fraco, uma passageira embarca no táxi e diz que precisa ir até o teatro da Fiergs, do outro lado da cidade. Finalmente uma corrida boa.
Quando vou engatar a primeira marcha, para um carro ao lado do meu táxi com uma mulher ao volante. Ela abre o vidro, explica que não é de Porto Alegre e me pergunta como faz para chegar ao teatro da Fiergs. É claro que minha passageira avisa à estrangeira que também está indo pra lá. Minha futura cliente se desculpa, passa para o carro da mulher perdida e me deixa no ponto, chupando o dedo.
Cena 3 – Minha colega Luciane está em uma perseguição. No banco de trás do táxi, a esposa traída pede que ela não perca o carro do marido de vista. Em um sinal fechado, Luciane é obrigada a parar o táxi ao lado do carro do marido. A esposa abaixa-se no banco de trás.
Está calor, os dois carros estão com os vidros abertos. O marido, então, pega o celular e faz uma ligação. O aparelho da esposa, com o volume no máximo, toca no táxi ao lado.
Ele olha para a Luciane, que, prontamente, pega seu celular, como se fosse ele que estivesse tocando. Enquanto minha colega fecha os vidros, a mulher atende à ligação do marido no banco de trás. Maior sufoco!
E há gente que ainda acha que vida de taxista é fácil
16 comentários:
Castro...
Nada fácil essa vida de taxista. Mas tbm rende ótimas historias né?
Abraços e uma boa semana.
É Mauro, a vida não é fácil, mas pode ser divertida. Aposto que se fosse você no lugar da Luciane não ia fingir atender o tel, assim teria mais uma história para contar... rs. Maldade! Abraços!
Eu aposto contigo que elas se perderam indo pro teatro. É longe pra caramba independente de que ponto da cidade a gente está.
tem coisas que só acontecem com taxistas mesmo.
Ainda bem que uns têm blogs para nós - meros passageiros - lermos.
abraço,
Mauro
Tá loco...
Porto Alegre me parecia tão calminha... mudei de idéia! Belo texto, Mauro.
Cada história é melhor que a anterior, muito bom mesmo!
Abraço
A vida de taxista é difícil e arriscada.
Mas com certeza rende bons causos...
heheheheh
Excelente semana!
Pode não ser fácil, mas é divertida.
Abração.
É meu amigo..como dizem por aqui...rapadura é doce mas não é mole não.Rsrsrssr.Tem dias que é assim...
Não é fácil mesmo,mas tem uns que ainda esbanjam talento contando causos no blog.valeu.
Olha, vida fácil, fácil mesmo, nem a das prostitutas!! rsrsrs
Ainda bem que na maioria dos outros dias tudo dá certo, entra uma graninha boa. Mas nem tudo é perfeito. Nesses dias nem sempre rende uma boa história...
se for pra viver situações como essas...estou ate pensando em ser taxista!
Por isso, quando entro num taxi, em vez de contar minhas histórias prefito ouvir a dos taxistas. Já dei boas gargalhadas e fiz amizades que me salvaram de alguns perrengues.
Sen-sa-cio-nal!
É tudo que eu posso dizer xD
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