Fernandinho trabalha há pouco tempo na praça. Encontrei-o em uma oficina. Enquanto nossos táxis eram consertados, o jovem taxista do ponto do Capitólio contou-me, em detalhes, uma corrida que fez esses dias.
Era o amanhecer de um domingo. Fernando estava sozinho no ponto quando o telefone bateu. Era uma mãe querendo contratar um táxi para buscar sua filha em uma festa. Tratava-se de uma dessas festas rave, de música eletrônica, organizada em uma fazenda perdida no interior de Viamão.
Um taxista calejado teria recusado uma corrida dessas, mas, como já disse, o Fernandinho é novo na praça. Ele anotou as coordenadas passadas pela mãe, o nome da guria e se jogou. Não tratou sequer o preço. Seja o que Deus quiser.
Depois de algumas idas e vindas, ele acabou achando o local. Contou que era possível concluir que estava chegando devido ao número de copos, garrafas e jovens atirados na beira da estrada. Parecia um cenário de guerra.
Como combinado, a garota estava esperando na porteira da tal fazenda. Estava acompanhada de outras duas meninas. Estas, aliás, é que carregaram a passageira para o táxi, dado ao estado de embriaguez da garota. Agarrada a uma garrafa de vinho tinto, a guria não conseguia fixar o olhar em nada, apenas exclamava:
– Oi, oi, oi...
A corrida de volta a Porto Alegre foi tumultuada. Sentada no banco da frente, a guria teimava em se abraçar ao Fernandinho e oferecer-lhe vinho. Meu colega disse que, aos poucos, a pele da moça foi ficando pálida, até que ela se abraçou nele e soltou um jorro de vômito no seu colo!
Prudentes, suas amigas do banco de trás lhe tiraram o vinho. Passaram a lhe dar cerveja – “para curar o porre”. Foi preciso parar mais duas vezes para novas seções de vômito.
Quando a mãe olhou a filha naquele estado, tudo que ouviu da menina foi:
– Oi, oi, oi...
18 comentários:
Logo cedinho, uma pérola!
Que situação...
Ao menos cobrou a limpeza do interior do táxi? =p
Beijos!!!
Pelamores! Coitado do Fernandinho...
Diga aí, porque é que a manguaceira não sentou atrás?
Esse Fernandinho, pobrezinho, aprendeu a lição com muito cheirinho. ARGH!
coitado...tbm q q ele qr indo buscar menina em rave??? vinho foi o q ele viu ela bebendo...coitadoo
Coitado do novato. Isso é que é batismo de fogo!
Pãtz! Sempre sobra pra que não tem nada a ver com a história...rs
Beijos!
Oi, Mauro!
Essas festas rave...Bão, cada um se diverte á sua maneira!
Presente Você dá cada vez que deixa um comentário lá no meu bloguinho que agora são dois e quem diria...O primeiro comentário do novo bloguinho é justamente o seu!
Uebaaaa!!!
Valeu mesmo, agradeço muito!
Beijos mil, Amigo de Boas e pra lá de Bem Humoradas Palavras!!!
Malditas raves!
Malditos porres de sangue de boi!
pobre Fernandinho!
Tenho uma amiga muito doce, que esses dias aqui em Sampa, chegando em casa, viu um senhor meio lento, amarelo no meio da rua, foi ajuda-lo a voltar pra calçada, na hora, o senhor lhe deu um bom banho de vomito!
Argh!
Errando que se aprende, já diria o ditado. Mas será que era só vinho e cerveja que percorria o sangue da moça???
abraços
Coitada dessa mâe...
Poutz, eu cobraria muito caro por essa!!!
que tristeza.... :-(
Oi, oi, oi...
haha agora serio. Fernandinho nao merecia!
Esse post me remete à velha piada do taxista que pegou um passageiro na frente de um restaurante. Ô homem estava bêbado e perguntou:
- Aonde eu ponho o peru e o vinho?
Na penumbra, sem imaginar o que acontecia, o motorista respondeu:
- Pode colocar aí no banco de trás.
O bêbado entrou no carro e despejou
blahhhh...
É Mauro, seria cômico, se não fosse trágico. Pior do que vômito dentro do carro, só se ela tivesse morrido ali mesmo abraçada a ele.
Adorei essa crônica!
Você consegue mesmo prender a atenção dos leitores. Fantástica, apesar do infortúnio da realidade dos jovens de hj.
Beijão!
Lu
Oi, oi, oi....
huahuahuhuhahuahuahuhuahuhuae
oi, oi, oi...
adore.
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